“Quando eu era criança e ia dormir na casa de algum amigo, procurava sempre ser educado e certinho. Tinha uma preocupação enorme de nunca dar desgosto. Era algo que me preocupava. Poxa, não quero que alguém chegue em casa e fale mal de mim para os meus pais.”

Lucas Moura passou 11 anos longe de seu lar, o São Paulo, mas foi como se jamais tivesse saído. O torcedor tricolor ansiava pela volta do ídolo “made in Cotia” e o retorno foi cercado de orgulho mútuo. “Era um sonho, tenho ótimas lembranças daqui desde a base. Fiz grandes amigos, tenho um carinho e uma gratidão enormes. Amo jogar futebol, sou apaixonado pelo que eu faço, mas fazer isso no time que me formou, que eu torço e amo, é ainda mais especial”, disse o meia, em entrevista exclusiva à edição de outubro de PLACAR.

Casamentos assim são cada vez mais raros no futebol moderno. A rápida ascensão, pouco mais de uma década atrás, foi coroada com o título inédito da Copa Sul Americana em 2012, recebendo o troféu das mãos do capitão Rogério Ceni.

O “exílio” com as camisas de PSG e Tottenham coincidiu com o jejum de conquistas da equipe paulista – foram nove anos até o Paulistão de 2021 (selado diante do rival Palmeiras, ainda sem Lucas) e 11 anos sem levantar um caneco de nível nacional até a euforia da Copa do Brasil de 2023.

Lucas logo nos primeiros dias em Paris, em 2012 - Alexandre Battibugli/Placar