O novo técnico do Santos, Cléber Xavier, precisou encarar temas incômodos logo na primeira entrevista pelo clube. Oficialmente apresentado nesta quarta-feira, 30, na Vila Belmiro, Xavier foi questionado sobre como lideria com a “sombra” de Tite, de quem foi auxiliar por 24 anos, além da possibilidade de ser substituído pelo antigo parceiro após a pausa para cuidar da saúde mental. Ele também assumiu ter errado em uma avaliação sobre a carreira de Neymar.
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“É inevitável que não aconteça [comparações com o Tite]. São 24 anos de parceria, um cara que me deu total confiança, com quem tenho relação muito forte. O Tite me deu espaço para comandar equipes grandes e seleção brasileira, não tenho como temer. Ficarei contente se eu nessa carreira conquistar metade dos títulos que conquistamos, apresentando futebol como apresentamos. Espero conseguir isso, me proponho a isso. Nos últimos 17 anos trabalhamos em quatro lugares: Internacional, Corinthians, seleção e Flamengo. Não é a cultura do Brasil, permanecemos pelo trabalho bom, conquistando e, principalmente, com boa gestão dos atletas e estafe. Uma unidade que quero pregar no Santos. Se eu conseguir isso, a comparação com ele vai ser inevitável pelo lado positivo. E é isso que eu espero”, iniciou dizendo.
Perguntado em outro momento sobre a possibilidade de voltar a ocupar a função de auxiliar, caso Tite retorne ao futebol, ele rechaçou. Em entrevista ao canal de YouTube De Olho no Peixe, o vice-presidente do clube, Fernando Bonavides, afirmou que o clube sonha em contar com o treinador. Ele também admitiu ter conversado com ele
“Não [existe a hipótese de voltar a ser auxiliar], a minha decisão é de seguir carreira solo. O Tite estava sentado com o Corinthians e eu não iria com eles. As reuniões que teve antes do Corinthians não tiveram minha participação, nem conversamos sobre isso. Sou profissional de 24 anos de parceria com ele, poderia ter tomado a decisão antes. Mas pela relação, espaço e confiança. Qualidade dos trabalhos. Continuei fazendo a função por me sentir bem. Mas a partir do momento que tomo a decisão eu não tenho como voltar atrás. Fui acolhido pelo presidente Marcelo, Pedro, para começar o trabalho num clube gigante. O Sampaio, Serginho, tenho relação muito forte com o Clodoaldo, outro fenômeno. Viajou conosco na seleção. É uma decisão minha, começo num grande clube, cheguei para ficar. Espero renovar meu contrato”, explicou Xavier, que tem contrato até o fim de 2025.






