A guerra travada pelo empresário americano John Textor e a Eagle Football pelo controle da SAF do Botafogo ganha novos capítulos a cada dia. Iniciada ainda em abril de 2025, depois que o Lyon entrou em um colapso financeiro e sócios da Eagle responsabilizaram Textor, afastado do comando da empresa, a confusão entre as partes tem acusações de suposta manobra financeira, contestação de valores de vendas de jogadores e até batalha na esfera judicial. PLACAR tenta explicar alguns pontos importantes sobre a queda de braço:

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As acusações

Oficialmente no controle da SAF do Botafogo desde 3 de março de 2022, quando adquiriu 90% das ações do departamento de futebol do clube carioca, John Textor é acusado pela Eagle – holding da qual é o principal acionista, mas está momentaneamente afastado – de tentar assumir o controle total do clube se utilizando de manobras financeiras ilegais: vender dívidas para outra empresa de sua propriedade e impor mudanças sem o aval dos demais sócios da empresa

Em 2022, Textor pegou dinheiro emprestado com o fundo Ares Management para conseguir fechar a compra do Lyon, da França. No contrato feito com a empresária Michele Kang e com a Iconic Sports, o americano concedeu 40% do controle da Eagle como garantia do empréstimo e as ações do Botafogo. A dívida hoje supera 500 mil dólares (R$ 2,7 bilhões).

O americano John Textor comprou o Lyon desde 2022 – Jeff Pachoud/AFP

O fundo já removeu Textor do Lyon, hoje presidido por Michele Kang, e tenta também tirá-lo do Botafogo – requisição que foi negada pela 3ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.