A presença de jogadores estrangeiros é um fator cada vez mais determinante na competitividade e na identidade dos clubes do Campeonato Brasileiro. A discussão sobre quantos atletas de outras nacionalidades um time pode ter em campo e relacionados para uma partida é constante entre torcedores, dirigentes e imprensa. A regra, que já passou por diversas alterações ao longo dos anos, define estratégias de montagem de elenco e impacta diretamente o desempenho das equipes na principal competição do país. Este artigo detalha a regulamentação vigente, seu histórico e as consequências práticas para o futebol nacional.
A regra atual: quantos estrangeiros podem ser relacionados?
A principal dúvida sobre o tema é respondida pelo Regulamento Específico da Competição (REC) do Brasileirão. Desde 2023, os clubes da Série A podem relacionar até sete jogadores estrangeiros por partida. Essa foi uma mudança significativa em relação à regra anterior, que permitia apenas cinco.
É fundamental entender os pontos-chave da regulamentação:
Limite na súmula: Um clube pode inscrever um máximo de sete atletas estrangeiros na súmula de cada jogo. Isso inclui tanto os titulares quanto os reservas.
Limite em campo: Não há um limite de quantos desses sete jogadores podem estar em campo simultaneamente. Se o técnico desejar, ele pode escalar todos os sete estrangeiros relacionados entre os onze titulares ou utilizá-los ao longo da partida.
Limite no elenco: Não existe um teto para o número de estrangeiros que um clube pode ter em seu elenco geral ou inscritos no campeonato. A restrição aplica-se exclusivamente à lista de relacionados para cada jogo individualmente.
Essa flexibilidade permite que times com um grande número de “gringos”, como Flamengo, São Paulo e Internacional, gerenciem seus elencos com mais liberdade a cada rodada, adaptando a escalação conforme a necessidade tática ou a condição física dos atletas.
Histórico e evolução do limite de estrangeiros
A regra sobre o número de estrangeiros no futebol brasileiro não é estática e reflete as mudanças no mercado e nas demandas dos clubes. A alteração mais recente, que elevou o limite de cinco para sete jogadores, foi aprovada pelo Conselho Técnico da CBF em fevereiro de 2023, após forte pressão de diversos times da elite.
A evolução do limite nas últimas décadas pode ser resumida da seguinte forma:
Até 2013: A regra permitia a presença de apenas três jogadores estrangeiros por partida.
De 2014 a 2022: O número foi aumentado para cinco, uma mudança que acompanhou a crescente globalização do futebol e a maior capacidade de investimento dos clubes brasileiros para buscar talentos, principalmente no mercado sul-americano.
A partir de 2023: O limite foi expandido para sete atletas, consolidando a importância dos estrangeiros como protagonistas no campeonato.





