Série C: Ponte Preta vence Londrina e é campeã nacional pela 1ª vez

A vitória por 2 a 0 sobre o Londrina marcou o primeiro título nacional da Macaca - Alexandre Battibugli/PLACAR

“O Majestoso [apelido do estádio] é testemunha de uma história de superação”, se emocionou o locutor do estádio enquanto a torcida gritava mais alto do que nunca “Ponte, eu te amo”, em uma adaptação de “Meu Sangue Ferve por Você”, famoso na voz do cantor Sidney Magal.

Ponte Preta e Londrina já haviam garantido vaga na Série B do Brasileirão 2026. Junto deles, Náutico e São Bernardo também conquistaram a últimas vagas — o Guarani teve chance de subir contra a rival Ponte, no Moisés Lucarelli, mas perdeu por 2 a 0. 

CSA, ABC, Retrô e Tombense caíram para a Série D.

Títulos da Ponte Preta

1969 – Paulista – Divisão de Acesso

1981 – Taça São Paulo de Futebol Júnior

1982 – Taça São Paulo de Futebol Júnior

1991 – Paulista de Aspirantes (GFC)

2023 – Paulista Série A2

2025 – Brasileiro Série C

Jogo movimentado

A primeira partida das finais aconteceu na semana passada, no estádio VGD (Vitorino Gonçalves Dias). No Paraná, as equipes fizeram um jogo de ‘estudo do adversário’ e ficaram no empate sem gols. Os primeiros minutos no interior de São Paulo já foram mais agitados do que boa parte do jogo por lá, com as equipes levando perigo tanto para Diogo Silva quanto para Luiz Daniel.

Élvis, nas bolas paradas, era quem mais criava pelo lado da Macaca. Do lado do Tubarão, as boas jogadas vinham com a dobradinha Cristiano e Iago Teles pela ponta-esquerda. Lucas Marques ainda cabeceou sozinho na área, mas sem força.

O árbitro Felipe Fernandes de Lima (MG) desagradou as duas equipes com excesso de interrupções (mandou voltar mesmo a saída de bola), um possível pênalti não-marcado para a Ponte, mas acabou mesmo tendo de separar uma discussão entre o goleiro Luiz Daniel e o zagueiro Manzoli. Tudo isso só no primeiro tempo. 

Ponte em campo no intervalo

A primeira etapa acabou e o técnico Marcelo Fernandes não quis que a sua equipe descesse para o vestiário. Os jogadores ficaram reunidos no centro do campo, com um quadro tático, trabalhos de recuperação muscular e apoio da torcida. 

A tática se mostrou, muito, certa. Logo aos 3 minutos, Toró chutou da entrada da área, contou com um desvio na zaga e uma certa colaboração do goleiro para abrir o placar no início da segunda etapa. 

Os donos da casa estavam armados para o contra-ataque, só esperando a oportunidade. O zagueiro Wallace deu um rapa em Toró dentro da área e, de início, o árbitro deixou seguir. Por recomendação do VAR, voltou atrás e marcou pênalti. Na cobrança, Élvis ampliou.

Quando o camisa 10 ainda comemorava uma confusão no banco do Londrina se iniciou. Jogadores e comissões técnicas trocaram socos e pontapés. Além de Roger, o zagueiro reserva Vanderley também foi expulso.

Festa após o apito final

Apesar dos sucessivos pedidos do alto-falante, a torcida invadiu o campo para festejar o título inédito. Os jogadores foram para o vestiário e a festa do pódio acabou cancelada.