Pet comemora o icônico gol de falta na final do Carioca de 2001 – Eduardo Monteiro/Placar
O Corinthians está próximo de anunciar a contratação de Memphis Depay. Com passagens por Barcelona e Atlético de Madrid, o atacante holandês de 30 anos deve se tornar um dos oito atletas europeus em atividade no atual Campeonato Brasileiro.
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Ao ser anunciado, ele encopar a lista com outros atletas de mais seis nacionalidades diferentes. No momento, o Brasileirão conta com dois franceses (Dimitri Payet, do Vasco, e Mohamed Al Arouch, do Botafogo), um dinamarquês (Martin Braithwaite, do Grêmio), um português (Tobias Figueiredo, do Criciúma), um norte-irlandês (Jamal Lewis, do São Paulo), um espanhol (Héctor Hernández, do Corinthians) e um suíço (Maxime Domínguez, do Vasco).
Ainda que não se trate de uma novidade, tendo em vista a presença de europeus desde os primórdios do esporte no país, o movimento tem se tornado mais comum. Um dos fatores que explicam esse crescimento é o aumento do limite de estrangeiros, o que permitiu o maior investimento dos clubes em mercados além da América do Sul.
PLACAR relembra alguns famosos – e os nem tão famosos – que passaram pelo futebol brasileiro neste século. Confira:
Clarence Seedorf (Botafogo)
Nascido em Suriname e naturalizado holandês, o lendário meio-campista do futebol ainda passou pelo Botafogo antes de se aposentar. Entre 2012 e 2013, fez 81 jogos, com 24 gols marcados e 13 assistências.
Seedorf em clássico com o Flamengo em 2012, ano de sua chegada ao país – Kaio Lakaio/Placar
Da base do Ajax, Seedorf acumulou grandes clubes na carreira. Após deixar o time de Amsterdam, jogou no Sampdoria, no Real Madrid e na Inter de Milão.
Entre 2002 e 2012, fez história no Milan. Com a camisa rossoneri, venceu duas edições de Champions League e um Mundial de Clubes.
Kazim-Richards (Coritiba e Corinthians)
Inglês naturalizado turco, o centroavante fez passagem pelo Brasil recheada de carisma. Depois de jogar por Brighton, Sheffield United, Galatasaray, Fenerbahçe, Feyenoord e Celtic, recalculou sua rota.
Kazim durante jogo contra a Ponte pelo Paulistão – Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians
Em 2016, Kazim atuou pelo Coritiba. Nos dois anos seguintes, vestiu a camisa do Corinthians, onde venceu o Campeonato Brasileiro de 2017.
Antes de se aposentar, ainda jogou no México, voltou à Inglaterra e encerrou sua trajetória na Turquia. Entre 2018 e 2023, defendeu o Lobos BUAP, o Veracruz, o Pachuca, o Derby County e o Karagumruk.
Pablo Marí (Flamengo)
Revelado pelo Mallorca, o zagueiro foi contratado pelo Manchester City em 2016, mas nunca chegou a jogar e acumulou empréstimos para Girona, NAC Breda e Deportivo La Coruña. Em baixa na Europa, foi contratado pelo Flamengo.
Marí em partida diante do Grêmio pela semifinal da Libertadores de 2019 – Kaio Lakaio/Placar
Em 2019, Marí foi um dos destaques do “ano mágico” do Rubro-Negro de Jorge Jesus. Seu desempenho chamou a atenção do Arsenal, onde ficou até 2021, sem muito espaço. Foi emprestado ao Udinese e ao Monza.
Aos 31 anos, segue no Monza, clube no qual o contratou de maneira definitiva depois da temporada 2022/23.
Juanfran (São Paulo)
O lateral-direito espanhol foi revelado pelo Real Madrid, na temporada 2002/03, mas jamais chegou a encantar no Merengue. Com isso, passou por Espanyol, por empréstimo, antes de conquistar espaço no Osasuna.
Juanfran teve passagem pelo Tricolor entre 2019 e 2020 – Rubens Chiri/São Paulo FC
Em 2011, foi contratado pelo Atlético de Madrid, onde escreveu a parte mais laureada de sua carreira. Titular absoluto do time de Diego Simeone, Juanfran também teve convocações para a seleção da Espanha, como na Copa do Mundo de 2014.
Chegou ao São Paulo em 2019 e ficou até 2020. Encerrou sua carreira nos campos ao deixar o Tricolor Paulista.
Dimitri Payet (Vasco)
Contratado pelo Vasco no último ano, chegou com pompa de estrela, recebido em com “AeroPayet” da torcida no aeroporto internacional do Rio de Janeiro. Marcou dois gols e deu uma assistência em 17 jogos na primeira temporada pelo Cruzmaltino, ajudando a equipe a escapar da queda para a Série B. Na atual, tem dois gols e nove assistências em 26 partidas disputadas.
Vàyet ajudou o Vasco a escapar da degola em 2023 – Matheus Lima/Vasco
Formado no Le Havre, passou por Nantes, Saint-Éttiene, Lille, Olympique de Marselha e West Ham (Inglaterra).
Dejan Petkovic (Vitória, Flamengo, Vasco, Fluminense, Goiás, Santos e Atlético-MG)
O mais conhecido dos gringos europeus do futebol brasileiro, Pet chegou ao país em 1997 vindo do Real Madrid para jogar no Vitória após receber informações confusas sobre o novo time, seduzido pelo desejo de jogar com Bebeto e por ser o atual campeão nacional. “É campeão e onde está jogando o Bebeto? Lógico que vou. Quando cheguei, vi que era campeão, mas campeão estadual e o Bebeto não estava jogando mais”, conta.
Petkovic, pelo Flu, onde marcou 18 gols em 60 partidas disputadas – Daryan Dornelles/Placar
Não demorou para cair nas graças da torcida brasileira. Teve breve saída para o Venezia (Itália), antes de retornar para o Flamengo, onde marcou lugar na história do Rubro-Negro. São 56 gols pelo clube em 197 jogos, com direito ao memorável gol que garantiu o título Carioca de 2001 e um Campeonato Brasileiro, em 2008. Também passou por outros seis clubes do Brasil, mas sem o mesmo destaque.
Zeljko Tadic (Vasco)
Conhecido como “o amigo do Pet”, rodou por clubes menores como XV de Piracicaba, Londrina, Bragantino e Uberaba até chegar ao Vasco, em 2004, por indicação do compatriota sérvio. Atuou em sete partidas pelo Gigante da Colina antes de se transferir para o Guarani-MG.
Martin Braithwaite (Grêmio)
Contratado pelo Grêmio na última janela, o dinamarquês de 33 anos foi formado no Esbjerg. Atuou por Toulouse, Middlesbrough, Bordeaux e Leganés antes de chegar ao Barcelona em 2019, contestado por ser quase um desconhecido entre craques de peso.
Braithwaite estreou marcando dois gols pelo Imortal – Lucas Uebel/Grêmio FBPA
Foram dez gols em 57 jogos pelos Culés, antes da chegada ao Espanyol aonde permaneceu por duas temporadas marcando 32 gols em 78 partidas. Estava a caminho do Olympiacos, mas acabou seduzido pela oportunidade de atuar no país.
Alexander Baumjohann (Coritiba e Vitória)
Formado no Schalke 04, mas com passagens por Borussia Monchengladbach, Bayern de Munique, Kaiserslauntern e Hertha Berlim, na Alemanha, o meia-atacante chegou ao Coritiba em 2017. Fez só dois jogos e trocou o clube paranaense pelo Vitória. No ano seguinte, em Salvador, foram 11 jogos e um gol e um adeus do país.
Baumjohann com a camisa do Coritiba – Divulgação/Coritiba
Ainda jogou mais três temporadas no futebol australiano antes da aposentadoria no Sydney FC.
Fran Mérida (Athletico-PR)
Com passagens por Barcelona e Arsenal nas categorias de base, o meia espanhol passou pelo Athletico Paranaense entre 2013 e 2014. Foram 16 jogos, um gol e uma assistência.
Antes de chegar ao país, atuou profissionalmente por Real Sociedad, Arsenal, Atlético de Madrid e Sporting Braga. Depois, passagens por Huesca, Osasuna e Tianjin Jinmen, da China.
Mérida com a camisa do Furacão em partida contra o Corinthians – Athletico Paranaense/Divulgação
Atualmente, aos 34 anos, veste a camisa do modesto Lugo, da Espanha.
Bruno Pereirinha (Athletico-PR)
Aposentado em 2019, no Cova Piedade, de Portugal, o lateral-direito e meio-campista português também teve passagem pelo Athletico Paranaene entre 2015 e 2016. Atuou em 15 partidas, marcando um gol.
Revelado pelo Sporting, Pereirinha teve longa passagem pelo clube formador, mas também vestiu a camisa do Vitória de Guimarães, Kavala (Grécia), Lazio (Itália) e Belenenses.
José Dominguez (Vasco)
Cria do Benfica, o atacante português chegou ao Brasil em 2005, já em fim de carreira. Atuou em 11 partidas pelo Vasco, sem marcar gols e depois pendurou as chuteiras.
Antes disso, jogou por clubes como Sporting, Birmingham (Inglaterra), Tottenham (Inglaterra), Kaiserslautern (Alemanha) e Al Ahli (Catar)
