Ao marcar dois gols na goleada do Real Madrid sobre o Alavés por 5 a 0, na última terça-feira, 14, Vinicius Júnior recebeu um afago especial das arquibancadas do Santiago Bernabéu, que entoou o cântico “Vinicius Balón de Oro”. A postura da torcida vai ao encontro de uma crescente no favoritismo do camisa 7 na corrida pelos prêmios de melhor jogador do mundo em 2024. A julgar pelas estatísticas, Vini tem rendimento superior ao de Kaká, em 2007, e Ronaldinho Gaúcho, em 2005, últimas vezes em que um brasileiro foi eleito.
Caso conquiste a Bola de Ouro, entregue pela revista France Footbal, ou o Fifa The Best, o atacante se tornará o primeiro melhor do mundo nascido no Brasil desde Kaká, vencedor de 2007, temporada em que conduziu o Milan ao título da Champions League.
Antes de Kaká. Ronaldinho Gaúcho levou o país ao topo do prêmio da Fifa em 2004 e 2005. Desde então, apenas Neymar chegou perto de ser considerado o melhor, ficando com o terceiro lugar na Bola de Ouro em 2015 e 2017.
Com a arrancada na reta final da temporada, Vinicius gera esperanças de uma possível nova premiação. Nesta temporada, em 37 jogos ele soma 23 tentos e 11 assistências (0,91 participações por jogo) e dois títulos: La Liga e Supercopa da Espanha. Finalista da Champions, pode coroar a temporada levando a competição em que marcou cinco vezes e deu cinco passes para gol.
O caráter decisivo também pode pesar, já que anotou três gols e assistiu companheiros em duas ocasiões no mata-mata. Vini ainda disputará a Copa América com a seleção brasileira, enquanto seus concorrentes, como o inglês Jude Bellingham e o francês Kylian Mbappé, tentarão reforçar suas candidaturas na Eurocopa.
Em sua melhor temporada em números na Europa, 2015/16, Neymar sequer ficou entre os três melhores da Bola de Ouro. O brasileiro não era o protagonista de um Barcelona que tinha Lionel Messi e Luis Suárez, mas ainda assim fez 31 gols e deu 25 assistências em 49 partidas (1,10 participações por jogo). Levantou os títulos de La Liga e da Copa do Rei, mas caiu nas quartas de final da Champions contra o Atlético de Madri, em campanha que teve oito participações, sendo três no mata-mata






