O título inédito da Champions League é especial para o Paris Saint-Germain, conquistado neste sábado, 31, mas tem um sabor diferente para Luis Enrique. O técnico espanhol precisou superar o trauma da morte da filha Xana, em 2019, para voltar a trabalhar e se tornar bicampeão da Europa.

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“Posso me considerar sortudo ou infeliz? Eu me considero sortudo. E vão me dizer: ‘mas a sua filha morreu aos nove anos’. A minha filha veio viver com a gente durante nove anos lindos. Temos mil memórias dela”.

A reflexão que faz Luis Enrique ilustra de forma única a resiliência e superação do espanhol com um trauma que o obrigou a interromper sua carreira em 2019. A morte da filha Xana, de então nove anos, vítima de um tumor ósseo.

Luis Enrique era técnico da seleção espanhola à época e havia pedido para se afastar do cargo para cuidar da família e acompanhar o tratamento da filha. A perda da Xana aconteceu dois meses depois. Em novembro do mesmo ano, Luis Enrique voltou ao comando da Espanha e treinou a equipe até a Copa do Mundo de 2022.

EFE/Andreu Dalmau

Luis Enrique com a filha Xana no título da Champions pelo Barça, em 2015 – EFE/Andreu Dalmau

O tema não é um tabu para Luis Enrique, muito pelo contrário, o técnico faz questão de tocar no assunto e lembrar sempre que possível da filha. Foi assim em coletiva cedida ao longo da campanha na Champions, em uma nova reflexão emocionante: “Eu tenho memórias incríveis, pois minha filha gostava de festas. Tenho certeza que, onde quer que ela esteja, ela continuará festejando”.