Vinte e sete anos depois de bater a Juventus e pintar a Europa em amarelo e preto, o Borussia Dortmund tem neste sábado, 1º, a chance de conquistar o bicampeonato da Champions League. Não poderia haver cenário melhor: no mítico estádio de Wembley, em Londres, e contra o maior vencedor da competição, o Real Madrid. É também a chance de vingar o vice de 11 anos atrás, diante do Bayern de Munique, no mesmo estádio inglês. Na ocasião, o Dortmund contava com um defensor brasileiro, Felipe Santana. 

O Borussia Dortmund, à época, revelou para o futebol mundial o treinador Jürgen Klopp e jogadores como Ikay Gundogan, Mario Gotze e Robert Lewandowski, além dos remanescentes Mats Hummels e Marco Reus. O ex-defensor Felipe Santana, natural de Rio Claro (SP), foi peça essencial naquela campanha, ainda que não fosse um titular absoluto, pois anotou dois gols na fase final, sendo um deles o definidor da histórica virada por 3 a 2 sobre o Málaga na volta das quartas de final.

Em entrevista exclusiva à PLACAR, o zagueiro finalista da Champions com o Borussia Dortmund lembrou com orgulho do tento. “Aquele gol foi uma combinação de diversos fatores. Eu tive a sorte de estar no lugar certo, na hora certa. Isso me levou  a conseguir marcar. Foi um dos momentos mais marcantes da minha carreira e deve ter sido um dos mais importantes da história do Borussia Dortmund. Aquele gol marcou nossa Champions League.”

O ex-jogador de 38 anos também foi às redes nas oitavas de final. Após um empate em 2 a 2 na Ucrânia, o Borussia venceu o Shakhtar Donetsk na volta por 3 a 0, com o brasileiro abrindo o marcador. Com saudades do barulho da famosa Muralha Amarela, famosa arquibancada do Signal Iduna Park, Felipe revisita sensações e também aquela memorável campanha.

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“Quando se trata de Champions, é difícil ter um diagnóstico antecipado. São os melhores clubes do mundo, com todos olhando a uma só direção. Começamos com Real Madrid e Manchester City no mesmo grupo e conseguimos passar em primeiro. A confiança foi sendo adquirida durante. Contra o Shakhtar, corremos atrás do empate na ida e na volta contamos com a potência da nossa torcida. Meu gol foi muito importante, mas claro que não teve a mesma importância do contra o Málaga”, falou Felipe Santana.

Titular em cinco das sete partidas que fez na edição, Felipe dividiu vestiário com jovens que depois se tornariam grandes nomes e afirma que tinha boa relação geral. “Eu me dava bem com todo mundo. O propósito que tivemos naquele time foi mágico. Chegamos onde chegamos porque fomos unidos. Tínhamos várias qualidades individuais e ninguém falava de uma grande estrela, todos tinham importância.”