O escândalo de “A Máfia do Apito” está entre os grandes acontecimentos do futebol brasileiro. Não exatamente no rol dos cinco títulos mundiais da nossa seleção ou tantos outros momentos edificantes. O ponto contato pelo produtor Bruno Maia no documentário disponível no Globoplay é o quão intrigante pode ser uma história que envolve manipulação de resultados acontecida há exatos 20 anos.
O escândalo foi inicialmente contado pelos jornalistas André Rizek e Thaís Oyama, na Veja, em 23 de setembro de 2005, com a capa “A Máfia do Apito”, mesmo nome do documentário que está no Globoplay e foi produzido pela Feel The Match, em parceria com o SporTV. Dois meses depois daquela denúncia, Rizek ainda escreveu para a PLACAR um dossiê “A Lama que vem por aí”.

PLACAR de novembro de 2005 detalhou a Máfia do Apito
Com o brilho nos olhos de quem vê no ar um trabalho de três anos, que envolveu dez horas de gravação com o ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho, peça-chave de um esquema mambembe que também contava com o juiz Paulo José Danelon, Maia celebra o trabalho final. Os elementos do gênero true crime (crime verdadeiro, em uma tradução literal) e ainda revelações sobe um caso de duas décadas faz com que o filme fuja de uma releitura daquelas reportagens.
“O mais legal era mostrar para as pessoas que A Máfia do Apito foi uma puta história. E, quando você mergulha nessa história, vê que se esse roteiro fosse escrito para ficção, pareceria mentiroso em vários momentos”, disse Maia, que se valeu de imagem de jogo de cartas, mosca em cima da carne, palhaços e por aí vai para construir essa aflição que causa a série ainda que o final seja conhecido.






