Edson era Pelé. Manoel, Mané. Mas quais são “as origens de mais de 800 nomes que você se acostumou a falar sem saber o motivo”? Essa foi a indagação que serviu de ponto de partida para o Dicionário dos Apelidos do Futebol Brasileiro, do jornalista Claudio Gioria. Disposto em formato de dicionário, mesmo, o livro traz uma ficha técnica de cada jogador e explicações da origem do apelido apuradas em publicações esportivas e entrevistas com os próprios jogadores e familiares. PLACAR reproduz aqui alguns desses apelidos de histórias curiosas.

Divulgação
Pelé
Edson Arantes do Nascimento
23/10/1940, em Três Corações (MG), atacante
APELIDO: O apelido mais famoso do mundo começou a tomar forma no sul de Minas Gerais, no lugarejo de Don Viçoso, como contou a revista Placar. O filho da dona de casa Maria Rosalina, José Lino, não havia pronunciado uma única palavra após dois anos de vida. Com a missão de “curá-lo”, benzedeiras iam até a casa de Maria, onde oravam durante horas e recitavam para o bebê a famosa frase “Bilu-bilu, teteia”. Certa noite, o garoto finalmente falou. O que saiu foi algo como “bilé”. Virou o Bilé, que mais tarde se tornaria jogador no Vasco da Gama, da cidade de São Lourenço (MG), onde também jogava João Ramos do Nascimento, o Dondinho, pai de Pelé. Dondinho levava o filho aos treinos e chutava bolas para o garoto pegar no gol. Edson falava que queria ser como Bilé, o goleiro do time. Quando defendia uma bola, gritava “Boa, Bilé!” ou “Grande defesa, Bilé”. O garoto Edson acabava, na verdade, não falando Bilé, mas Pilé. De Pilé virou Pelé, apelido que pegou, segundo o próprio jogador, porque brigou no colégio para pararem de chamá-lo daquela forma […]





