Candela Díaz, Camila Duarte, Juana Cángaro e Milagros Díaz, as quatro jogadoras do River Plate acusadas de injúria racial contra gandulas na última semana, passaram o Natal detidas na Penitenciária Feminina de Sant’Ana, em São Paulo.

De acordo com informações do diário argentino Olé, o habeas corpus apresentado pela assessoria jurídica do River, representado pela advogada brasileira Thaís Sankari, foi negado pela Justiça.  A decisão do juiz se baseia no código penal brasileiro, que e equipara os atos de injúria racial ao racismo, crime inafiançável e que prescreve no Brasil.

As jogadoras, portanto, podem receber uma pena de dois a cinco anos de prisão. A tendência, porém, é que Candela Díaz, Camila Duarte, Juana Cángaro e Milagros Díaz sejam liberadas nos próximos dias, ainda de acordo com o Olé.

O documento expedido pelo desembargador Alberto Anderson Filho, do Tribunal de Justiça de São Paulo, fundamentou o indeferimento do habeas corpus, pois “as denúncias dizem respeito a um crime grave, considerado atroz”, com “imagens de que circulam amplamente na imprensa, demonstrando claramente a conduta da acusada Candela Díaz [flagrada pelas câmeras imitando um macaco]”.

A defesa das atletas argumenta que os atos racistas foram uma “retaliação” a um dos gandulas que teria tocado seus órgãos genitais durante uma discussão com as atletas na partida diante do Grêmio, no Canindé, no último dia 20. O River Plate emitiu nota de repúdio contra atos racistas, mas considera as prisões excessivas.

Como foi o ato de injúria racial das atletas do River

A partida entre Grêmio e River Plate, na última sexta-feira, 20, válida pela Brasil Ladies Cup, terminou de forma lamentável. Em confusão com seis expulsões da equipe argentina, e caso de racismo com o gandula, o Tricolor Gaúcho forçou paralisação e a equipe argentina foi eliminada WO (3 a 0) no estádio do Canindé.

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