O lateral-direito Danilo, da seleção brasileira, cobrou a Conmebol de punições exemplares em casos de racismo na Copa América. Em entrevista coletiva concedida neste domingo, 23, no SoFi Stadium, o jogador conhecido por posicionamentos em temas espinhosos – recentementes falou sobre machismo na sociedade, além das condenações de Robinho e Daniel Alves – pediu por “severidade” e para que a entidade não “passe pano” em casos de manifestações do tipo durante a competição.
Logo no jogo inaugural da competição, o zagueiro Bambito, de Canadá, foi alvo de injúrias racistas nas redes sociais depois de uma entrada dura em Lionel Messi na derrota por 2 a 0 para a Argentina, em Atlanta.
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“Não só aqui, não é só com Vinicius Júnior. O racismo tem que ser tratado sem flexibilidade, punido com severidade. Não podemos passar pano. A partir do momento que tem certeza de quem cometeu o ato, tem que ser punido de forma exemplar. Espero que não tenha na competição. Futebol é união dos povos, culturas, momento que integra as classes sociais, raças, etnias… Seria decepcionante isso em um torneio histórico. Meu desejo [e que seja protagonista pelo que acontece em campo”, disse o jogador.
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O caso envolvendo o defensor canadense provocou manifestações da federação do país, que se disse “profundamente perturbada pelos comentários racistas” tendo notificado a Concacaf e a Conmebol sobre o assunto.
Em diversos momentos da preparação, jogadores como Rodrygo, Endrick e outros mais jovens citaram como vitais os conselhos e a liderança do jogador da Juventus no dia a dia. Recentemente, viralizaram nas redes sociais trechos de discursos feitos por ele nas redes sociais.
“Pensarmos sobre nossas atitudes, pensamentos, mas não só no futebol. Isso no dia a dia. Todos devíamos buscar isso, não agir por impulso. Nos faz pensar em nós, nos próximos, em como vão receber nossa mensagem. Antes de dormir penso em como foi a dinâmica do dia, o que podíamos evoluir. O que tenho a mais de vida para doar a eles? Não sei, todos têm história rica. Penso em mim e neles, nessa coisa humana, não só futebolista”, explicou.





