Vice-campeão da Copa América, o técnico argentino Néstor Lorenzo bem que tentou, mas acabou engrossando a série de crítícas direcionadas à Conmebol. Em entrevista coletiva ainda no Hard Rock Stadium, Lorenzo justificou que evitaria falar contra a entidade para não soar como desculpas após a derrota para a Argentina, em Miami, porém acabou se manifestando sobre uma série de assuntos.
Primeiro questionado sobre como as tentativas de invasão por parte dos torcedores ao estádio afetou os jogadores, ele disse: “nós estávamos no vestiário, já aquecendo, não sabíamos que levaria meia hora. Acho que atrasou 1 hora, não? Estávamos nos comunicando com nossas famílias e amigos, para saber se havia problemas ou não. Foi caótico. Tratamos de manter a calma da equipe, mas havia uma ansiedade. A programação do dia para jogar uma final é minuto a minuto. E depois te dizem que você tem que esperar 30 minutos, 45, 1 hora. É uma queixa, mas não um choro”.
Contudo, perguntado logo em sequência sobre o fato da final ter sido a única partida dos mata-matas ter prorrogação, Lorenzo criticou a falta de coerência da entidade, lembrando ainda ter tido uma série de problemas por viajar para cidades mais quentes do país. As temperaturas em Phoenix chegaram a 47 graus celsius.
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“Sempre digo que quando as regras são iguais, não há vantagem, mas peço que haja uma coerência, sobretudo para proteger o físico dos jogadores. Jogar seis partidas em 21 dias é muito. Estreamos quatro dias depois da Argentina e jogamos o mesmo número de partidas. Fomos ao oeste [dos Estados Unidos], a zona mais quente. Viagens, tudo isso… Às vezes não sabíamos em que dia estávamos. Mas o caminho foi bonito, tenho que agradecer aos jogadores e corpo técnico. Estivemos juntos por 50 dias, e não tivemos um inconveniente ou problema”, explicou.




