Os Estados Unidos querem ser mais do que país-sede da Copa do Mundo. O objetivo da US Soccer é conquistar o inédito título nas próximas edições do principal torneio de seleções do mundo. A afirmação é do diretor executivo, JT Batson, em entrevista ao portal The Athletic.
Ao lado de Canadá e México, os EUA receberão a Copa do Mundo pela segunda vez em sua história — a primeira foi em 1994, quando o Brasil ficou com o tetracampeonato ao vencer a Itália nos pênaltis.

Festa de encerramento da Copa do Mundo 1994, no jogo entre Brasil e Itália, no Estádio Rose Bowl, em Los Angeles – Acervo/PLACAR
O resultado esportivo ficou mesmo no passado: a melhor campanha foi o terceiro lugar na edição inaugural em 1930, no Uruguai. A seleção americana havia ficado de fora do torneio em 2018, na Rússia, e voltou quatro anos depois, no Catar.
Batson disse que precisa equilibrar os naipes no futebol praticado no país. Enquanto o masculino busca ser firmar nas Copas e futuramente conquistar o primeiro título, a seleção feminina é tetracampeã da competição criada pela Fifa: 1991, 1999, 2015 e 2019.
“Queremos vencer Copas do Mundo e que milhões de crianças joguem futebol. Queremos que as pessoas acreditem na seleção americana e torçam por ela, façam parte como fãs, jogadores, técnicos ou membros de uma família que apoia o futebol”, disse Batson.
Não é de hoje que o futebol nos EUA vem ganhando relevância. A realização da Copa do Mundo de Clubes e da proximidade da Copa do Mundo de seleções fez com que os presidentes Donald Trump e Gianni Infantino estreitassem os laços. Infantino passou a ser figurinha carimbada em eventos na Casa Branca.
Os números divulgados pelos mecanismos de pesquisas dos EUA e pela SFIA (Associação da Indústria de Esportes e Fitness) apontam que 31,9 milhões de americanos com mais de seis anos jogavam basquete em 2024. No mesmo período, 17,3 de milhões praticavam beisebol e 18,8 milhões, o futebol americano e seus derivados.
Já no futebol, considerando as modalidades indoor e outdoor, a participação em 2024 foi de 20,5 milhões, um aumento de mais de três milhões desde 2019.
“Sabemos que há mais a fazer no lado masculino do que no feminino. No feminino, já provamos que conseguimos. No masculino, temos a ambição de provar que também estamos à altura do desafio”, disse.





