A seleção brasileira faz nesta quinta-feira, 5, em Guayaquil, a sua primeira partida depois de uma conturbada troca de comando na CBF. Curiosamente, cruza o caminho do país um rival de cenário também bastante polêmico nos bastidores por conta de seu principal gestor, o presidente da Federação Equatoriana de Futebol Francisco Egas.

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Visto como uma figura de poucos amigos no futebol, Egas está desde 2019 no comando da entidade e coleciona atitutes controversas, seja por declarações fortes, brigas com ex-jogadores e técnicos e até mesmo uma possível influência em escolhas na seleção principal.

Na última Data Fifa, por exemplo, provocou uma avalanche de questionamentos a surpreendente decisão do técnico argentino Sebastián Beccacece de escalar o jovem volante Darwin Guagua, de apenas 17 anos, como titular contra o Chile.

O jogador do Independiente del Valle atuou por 60 minutos, mas jamais havia jogado uma só partida como profissional até aquele momento – e fez o seu único jogo na equipe principal somente dias depois, entrando por 21 minutos diante do Deportivo Cuenca, em confronto pela sétima rodada do Campeonato Equatoriano.

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Egas estabeleceu como um padrão que nas convocações haveria três categorias de jogadores chamados pelos treinadores do país: os convocados, os ‘invitados’ (convidados) e os ‘sparrings’ (jovens que ajudam a completar os trabalhos). A justificativa é que, desta forma, a comissão técnica consegue observar mais atletas ao mesmo tempo, enquanto a federação tem menos despesas pelo fato de que nem todos receberiam bonificações por convocação.

“É tudo 100% baseado em uma avaliação econômica, porque se convocarmos 35 jogadores, isso significa que todos os 35 receberão seus bônus [por convocação]. Então, pedimos ao treinador para dividi-los [em grupos]”, explicou Egas durante uma entrevista ao programa De una, do canal Marca 90.