A final da Copa Libertadores 2024 entre Atlético Mineiro e Botafogo, disputada no próximo dia 30, em Buenos Aires, vai consolidar de vez a nova realidade do futebol brasileiro. O vencedor se tornará o primeiro campeão brasileiro no modelo SAF (sociedade anônima do futebol).
Siga o canal no WhatsApp e fique por dentro das últimas notícias.
A lei que permite sociedades anônimas no futebol passou a valer no Brasil em 2021. Em três anos, as equipes que se tornaram empresas não haviam conquistado nenhum título da primeira prateleira, mas o período serviu para uma estabilização financeira e até política de quem estava em crise. Com a final da Libertadores sendo decidida por Atlético e Botafogo, um dos dois será o primeiro campeão administrado em moldes empresariais.
A SAF do Galo
Campeão brasileiro e da Copa do Brasil em 2021, o Atlético Mineiro detinha a maior dívida do país: 2.1 bilhão de reais. A virada para se tornar SAF aconteceu em 2023, quando 75% das ações foram compradas pelo Galo Holding – administrada pela família Menin, que já estava presente no clube com investimentos milionários.
Rubens e Rafael Menin já participavam como protagonistas nos bastidores do Galo e os aportes financeiros ajudaram na construção do time com Hulk e Paulinho. Desde que virou SAF, a família não gastou tanto com o elenco e garantiu contratações pontuais: Lyanco, Fausto Vera e Deyverson, por exemplo.
O foco dos Menin ficou concentrado na construção da Arena MRV, estádio atleticano que leva o nome da empresa de engenharia administrada pela família. Ao virar SAF, o estádio já estava pronto.
Na Libertadores, o Atlético Mineiro coleciona frustrações desde 2021 e sempre contra o Palmeiras. O Galo foi eliminado em três temporadas seguidas pelo rival alviverde, nas oitavas, quartas e semifinal. Agora a equipe mineira pode ser bicampeã continental.
A SAF do Botafogo
Para o Botafogo, se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol representou uma sobrevida na história do clube. O Glorioso foi adquirido em 90% em 2022 pelo empresário estadunidense John Textor. Além de cuidar da dívida, que batia 1.1 bilhão de reais, o clube carioca passou a receber um aportes milionários, mas também sem fazer contratações desesperadas.





