A temporada do Corinthians segue com tons dramáticos. Na última quinta-feira, 24, o Timão não conseguiu se impor diante do Racing, pela ida das semifinais da Copa Sul-Americana, e empatou em 2 a 2, na Neo Química Arena.

O resultado, no entanto, além de obrigar a equipe dirigida por Ramón Díaz a buscar um bom resultado na Argentina, também expõe um momento delicado. Mesmo com a invencibilidade de quatro jogos, o time segue na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e vem de eliminação na Copa do Brasil.

O desempenho contra o Racing

Para além dos números frios está o desempenho. No jogo decisivo contra o Racing, o Corinthians não conseguiu controlar a partida, em cenário que ficou ainda mais evidente já no primeiro tempo, quando o volante José Martínez se lesionou e foi substituído de forma surpreendente por um atacante, Ángel Romero.

Logo em seguida, o Alvinegro ainda marcou o segundo, num golaço de Yuri Alberto de fora da área, mas passou a apresentar menor eficiência no meio-campo. O setor, que teve André Carrillo e Charles mais recuados e Rodrigo Garro à frente, começou a sofrer com as saídas rápidas dos argentinos.

Ramón optou por não alternar a estratégia, mesmo com o empate do Racing, no início do segundo tempo. O técnico escolheu trocar as peças, mas sem mexer na estrutura, o que impediu o Timão de imprimir superioridade.

Miguel Schincariol / AFP

Corinthians de Yuri Alberto não conseguiu vencer o Racing – Miguel Schincariol / AFP

Em coletiva de imprensa, o treinador explicou a sua escolha, citando suas próprias convicções. “Sou um treinador que tem a caraterística de poder atacar e correr riscos. É preciso compreender isso. Vou fazer aqui, vou fazer amanhã, depois de amanhã e toda a minha vida. Quando vejo que a equipa precisa de meias, utilizamos os meias, mas quando precisamos de jogadores ofensivos, utilizo”, disse.