Matéria publicada na edição 1528 de PLACAR, de outubro de 2025, já disponível em versão digital e física em nossa loja

O carioca Elias Duba conta que são raras as pessoas autorizadas a utilizar o pequeno elevador que dá acesso à sua sala, localizada em um prédio anexo ao estádio Aniceto Moscoso, em Conselheiro Galvão, com vista direta para o gramado.

“Subir aqui é para poucos, hein? Agora até para mim”, sorri o presidente do Madureira, que explica: “O problema é que essa escada é complexa, botei até marca-passo por causa dela. Fiquei cardíaco, hipertenso e diabético. Tive um piripaque uma vez, quase morri”.

Mas não são apenas os percalços da saúde, no auge de seus 75 anos, que limitam os acessos do reduto de onde o cartola espia, por meio de uma TV de 50 polegadas, todos os passos do clube: portaria, administração, tesouraria, gramado, loja e restaurante. Tudo – absolutamente tudo mesmo – pelos olhos dele em Madureira. E é assim há 33 anos.

“Se o ‘seu’ Duba falou, está falado” – essa é a frase que mais ecoa entre funcionários. Durante a entrevista, um deles interrompe a conversa, com um sorriso amarelo, para colocar sobre a mesa uma nota fiscal e o troco de uma mercadoria comprada. “Tá aí, seu Duba”, diz, enquanto o dirigente gesticula com o braço. “Sabe o que é? A minha vida está toda aqui. Na verdade, só vou dormir em casa, mesmo”, gargalha.

Elias Duba, presidente do Madureira - Alexandre Battibugli/PLACAR

Com o boneco personalizado do Madureira que ganhou da filha – Alexandre Battibugli/Placar