Jurgen Klopp faz neste domingo, 19, a sua última partida sob comando do Liverpool. Nove anos depois de assumir o cargo, o alemão deixará a equipe com status de lenda em Anfield. Ele venceu 297, empatou 109 e perdeu 82 vezes em 488 jogos. Ao todo, levantou oito taças e comandou uma reestruturação dos Reds após período de baixa. Seu substituto já foi definido: será o holandês Arne Slot, que deixa o Feyenoord. 

O jogo contra o Wolverhampton, em Anfield, encerra a passagem e também a temporada do time. O balanço final do Liverpool em 2023/24 é de terceiro lugar na Premier League e eliminação nas quartas de final da Liga Europa, o que não diminuirá a força das homenagens ao ídolo.

Quando assumiu os Reds, vindo de campanhas de destaque no Borussia Dortmund, Klopp se deparou com um “gigante adormecido”, com campanhas tímidas a nível nacional, ainda que com lampejos nos anos de Luis Suárez, e uma queda no prestígio europeu. Em seu primeiro ano, sequer conseguiu classificar o time para competições continentais e terminou a Liga Europa com o vice-campeonato em final contra o Sevilla.

Passado o período de adaptação, o técnico montou um time-base mesclando experiência, juventude e atletas sem badalação. Assim, condicionou os laterais Andrew Robertson e Alexander-Arnold e trasformou o trio de ataque Sadio Mané, Roberto Firmino e Mohamed Salah em um dos grandes da história. Em seu meio-campo, teve dois pilares: James Milner e Jordan Henderson.

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, Jurgen Klopp fez breve balanço de seu trabalho. O ídolo diz não ter arrependimentos, reconhecendo que alguns vice-campeonatos aconteceram por pouco. “Em alguns momentos tivemos muito azar, podíamos ter mais duas Premier League, mais duas Champions. Foram centímetros, milímetros, que decidiram tudo e teriam feito imensa diferença. Fui, sem dúvida, um treinador de sucesso neste período. Se podia ter ganhado mais? As pessoas podem dizer o que quiserem, pouco me importa.”