A ideia de uma Superliga de futebol segue com muita força no cenário europeu. Nesta terça-feira, 17, a empresa A22 Sports iniciou o processo junto a Fifa e a Uefa para realizar o que seria a Liga Unify, com novo formato que inclui os campeonatos nacionais e abrange 96 times participantes. Entenda abaixo a briga política por trás das competições e o formato proposto.

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A formação de uma Superliga inicialmente surgiu com o apoio das principais equipes europeias: Atlético de Madrid, Barcelona e Real Madrid, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City e United, Tottenham, Inter de Milão, Juventus e Milan. A proposta tinha como objetivo realizar mais clássicos europeus, com times mais populares e de maior ‘apelo’.

No entanto, com a oposição da Fifa e da Uefa, a ideia foi perdendo força com o tempo. Algumas equipes, como o Atlético de Madrid, mudaram de posição, enquanto outras, como o Bayern de Munique, foram contra desde o início. Algumas federações locais ameaçaram até a exclusão de times a favor da Superliga.

O principal argumento de Fifa e Uefa é falta de mérito esportivo e uma possível sucateação dos campeonatos locais. As entidades passaram a olhar com maior cuidado para as próprias competições, visando maior lucro. Foi nesse contexto que a Uefa reformulou por completo a Champions League.

Politicamente, o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, é uma dos principais forças à favor da realização da Superliga. O novo formato proposto para a realização da Superliga tenta incluir os campeonatos nacionais, contrapondo um dos argumentos contrários a sua criação.

Em dezembro de 2023, o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) decretou que qualquer competição com uma classificação inclusiva e meritocrática, e que respeita o calendário global, poderá ser elaborado. Com isso, a decisão deixou Fifa e Uefa de mãos atadas juridicamente de conter a criação da Superliga. A proposta apresentada nesta terça-feira vai de acordo com o decreto.