O Olympique de Lyon, sete vezes campeão francês, foi rebaixado à segunda divisão do país nesta terça-feira, 24, em razão de problemas financeiros. Cabe recurso.

Proprietário do clube, o empresário americano John Textor, que também é dono do Botafogo, deixou o Mundial de Clubes nos EUA e viajou às pressas para a audiência do Direção Nacional de Controle de Gestão (DNCG), órgão que regula as finanças do futebol local, mas não conseguiu evitar a queda para a Ligue 2.

O Lyon já havia recebido um rebaixamento provisório em 15 de novembro e a proibição de contratar atletas pois, de acordo com DNCG, não demonstrou garantias de que poderia quitar ao menos 100 milhões de euros (equivalente a 637 milhões de reais pela cotação atual) de sua dívida que, segundo seu próprio balanço, é de 117 milhões de euros (745 milhões de reais).

A Eagle Football Group, holding de John Textor, registrou déficit de 25,7 milhões de euros (163 milhões de reais) ao fim da temporada 2023/24, elevando a dívida total da empresa a 500 milhões de euros (3,1 bilhões de reais).

A solução mais viável para evitar o rebaixamento seria a venda de ações de Textor no Crystal Palace, o que ocorreu na ultima segunda-feira, 23, mas ainda não foi oficializado, além da a entrada da Eagle Football Group na bolsa de valores de Nova York, visando abrir o capital da empresa e atraindo mais investidores.

O Lyon terminou a última Ligue 1 em sexto lugar, fora da zona de classificação à Champions League, considerada fundamental para sua saúde financeira.

Além de Lyon e Botafogo, o grupo Eagle Football, comandado por John Textor, também é acionista do RWD Molenbeek, da Bélgica e do FC Florida, um time amador dos Estados Unidos.

Outros clubes franceses como Le Havre, Mônaco, Nantes e Paris FC foram interrogados nesta segunda, mas até o momento apenas o Lyon não conseguiu convencer o DNCG.

Textor confiante em recurso

De acordo com o site RMC Sport, Textor se mostrou confiante na aprovação de um recurso. “Estamos muito satisfeitos com os procedimentos implementados pela DNCG este ano. Acho que é uma novidade. Eles mudaram algumas coisas, autorizaram reuniões preliminares há 30 dias. Portanto, estamos muito satisfeitos com este procedimento”, afirmou Textor.

“Como podem ver pelas contribuições dos nossos acionistas, investimos novo capital, não apenas para a DNCG, mas também para o nosso processo de licenciamento da UEFA. Sem mencionar a boa notícia da venda do Crystal Palace. Nossa situação de liquidez melhorou consideravelmente. Dito isso, é um processo de avaliação”, prosseguiu.