Após o encerramento da primeira edição do novo Mundial de Clubes, a Fifa confirmou que haverá uma próxima edição do torneio, embora ainda não tenha definido data nem local para sua realização. Segundo o jornal britânico The Guardian, a entidade é pressionada pelo Real Madrid para que o torneio passe a ser disputado a cada dois anos.

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A proposta reflete o interesse comercial do clube espanhol, que liderou as vendas de ingressos na edição mais recente e busca novas fontes de receita para ajudar a financiar a reforma do estádio Santiago Bernabéu. O Real tem forte interesse na competição como forma de auxiliar no pagamento de um empréstimo de 1,2 bilhão de euros (R$ 7,7 bilhões), contraído para as obras no estádio. O argumento madridista é que há demanda e interesse suficientes para uma edição bienal.

O clube espanhol teve papel de destaque comercial na competição, sendo responsável por 25% da venda de ingressos e registrando a maior média de público entre os participantes. Ainda de acordo com a publicação, o Real teria sugerido um modelo bienal para o Mundial, ideia que, por ora, não encontra respaldo na cúpula da Fifa. Gianni Infantino, presidente da entidade, considera excessiva uma edição a cada dois anos, mas estuda alternativas de expansão, como o aumento no número de clubes participantes.

A próxima edição do torneio, prevista para 2029, pode contar com 48 clubes, número superior aos 32 desta primeira edição. Em recente discurso, Infantino citou clubes como Arsenal, Liverpool, Manchester United, Tottenham, Barcelona, Napoli e Milan como nomes que gostaria de ver envolvidos no próximo Mundial.

Por enquanto, apenas o Paris Saint-Germain está garantido na próxima edição, após conquistar a Liga dos Campeões da UEFA 2024/25. Já o Chelsea, atual campeão do Mundial, ainda não tem vaga assegurada e precisará lutar por uma das cotas destinadas à Europa e à Inglaterra.