O Hard Rock Stadium é moderno, imponente, com boa infraestrutura para 65.000 torcedores, mas carece de um sistema eficiente de transporte público. O palco das partidas do Mundial de Clubes em Miami, nos Estados Unidos, gera congestionamentos intensos antes e depois das partidas e, para piorar, o trânsito permite que taxistas driblem as regras e cobrem preços abusivos para levar os fãs de volta para casa.
PLACAR acompanhou casos semelhantes nas quatro partidas que o estádio recebeu até agora neste Mundial: Al Ahly x Inter Miami, Boca Juniors x Benfica, Real Madrid x Al Hilal e Bayern de Munique e Boca Juniors. Além da extorsão de taxistas, o aplicativo de transporte Uber, que trabalham com tarifa dinâmica, cobra taxas altas, mas motoristas em geral não aceitam a corrida.
O setor de tráfego e o de relações públicas de Miami Gardens, onde está localizado o Hard Rock, foram acionados pela reportagem para comentar os casos. Os departamentos não enviarem resposta até o fechamento desta reportagem.

Torcedor do Boca Juniors tem dificuldade para voltar de jogo no Hard Rock – André Avelar / PLACAR
Os casos, espalhados às centenas pelo estádio, são fáceis de serem encontrados. Difícil, sobretudo, entre os argentinos, é fazer os entrevistados dizerem o nome e sobrenome para compor a reportagem. Os amigos Ernesto e Agustin, de Buenos Aires, relataram um preço pelo menos cinco vezes mais caro do que o correto para andar 14 quilômetros.
“É um absurdo o que acontece aqui. No primeiro jogo [do Boca Juniors], um taxista nos cobrou cem dólares [aproximadamente 551 reais] para nos levar até Sunny Isles. E todos os que negociamos eram muito bravos. Sabendo que isso aconteceria mais vezes, preferimos alugar um carro”, disse Ernesto.






