O New York Cosmos anunciou nesta quinta-feira, 10, que está de volta ao futebol profissional. A última equipe da carreira de Pelé, onde o Rei se despediu de vez dos gramados em 1977, fará sua reestreia a partir de 2026 na USL League One, a terceira divisão do país. O projeto de retomada é liderado por um novo grupo de investidores que adquiriu parte da participação do empresário ítalo-americano Rocco Commiso, atual dono da Fiorentina.

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Essa é mais uma tentativa de reativar a equipe conhecida pelas passagens de lendas como Pelé, Franz Beckenbauer, Carlos Alberto Torres e Giorgio Chinaglia e outros nomes de peso do futebol mundial.

“Estamos, de certa forma, revivendo tudo isso novamente”, disse Erik Stover, um dos novos coproprietários do clube, em entrevista ao The Athletic.

Fundado em 1970 por executivos da Warner Communications, o Cosmos nasceu com a missão de popularizar o futebol em um país dominado por beisebol, basquete e futebol americano e viveu seu auge a partir de 1975, com a chegada de Pelé.

Depois de quase três décadas de inatividade, em 2010, o Cosmos foi oficialmente relançado, com Pelé novamente como presidente honorário, em uma tentativa de reviver o legado para uma nova geração.

O “novo” New York Cosmos retornou aos gramados em 2013, competindo na recriada NASL (uma liga de segundo escalão nos EUA) e, posteriormente, em outras divisões. Apesar dos desafios de reconstruir um time e uma base de fãs em um cenário do futebol americano muito mais competitivo – com a Major League Soccer (MLS) já consolidada –, o Cosmos conseguiu algumas conquistas, incluindo o título da NASL em 2013 e 2015.

Os bastidores do ‘sim’ de Pelé há 50 anos por PLACAR

A edição de número 270 de PLACAR, publicada em 30 de maio de 1975, à época com periodicidade semanal, estampava logo em sua capa detalhes de como o Cosmos convencia o Rei do Futebol a jogar nos Estados Unidos: “Pelé, o novo adeus”.

A matéria assinada pelo repórter Aristélio Andrade contava bastidores de como o New York Cosmos fez o Rei do Futebol a, enfim, aceitar oficializar o que chamava de “namoro plantônico” de longos anos, iniciado durante a final da Copa do Mundo de 1970, com direito a encontros em dezenas de cidades do mundo até março de 1975, momento em que as partes começaram a falar sobre valores.