Leila Pereira, presidente do Palmeiras, voltou a colocar o dedo em feridas importantes nesta segunda-feira, 24. Presente ao evento na CBF (Confederação Brasileira de Futebol) que reelegeu Ednaldo Rodrigues à presidência da entidade pelos próximos quatro anos, a dirigente voltou a falar sobre a relação com a Conmebol e disse que aumentará a segurança para a delegação palmeirense na volta a Assunção após os episódios de racismo praticados contra o atacante Luighi, em partida pelo sub-20 do Verdão. A partida contra o Cerro Porteño está agendada para 7 de maio, no estádio La Nueva Olla, pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores.

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“Vamos levar mais seguranças, ficou muito falado, parece que é um problema do Palmeiras contra o Cerro, e não é. É uma luta contra o racismo. Fico muito preocupada, mas isto nos faz tomar precauções. Vamos levar segurança, sim, mas acho que a Conmebol vai tentar pelo menos que seja um jogo que as coisas sejam resolvidas dentro de campo, sem maiores problemas para não prejudicar o espetáculo”, iniciou dizendo Leila, que completou:

“O que não falta à presidente do Palmeiras é coragem. Se fui eleita presidente deste clube gigante foi para representar, lutar pelo clube e por nossos milhões de torcedores e atletas. Jamais poderia chegar no meu clube, olhar meus atletas depois do que ocorreu no Paraguai e não fazer absolutamente nada. Jamais isto vai acontecer. Porque a presidente do Palmeiras tem coragem”.

A relação entre Palmeiras e a entidade sul-americana ganhou contornos polêmicos recentemente. Primeiro, Leila aventou a possibilidade de liderar um movimento de êxodo com clubes brasileiros deixando a confederação para se juntar à Concacaf, responsável pelas equipes e países da América Central e do Norte. O presidente Alejandro Domínguez reagiu comparando o movimento a “Tarzan sem Chita”. A fala racista foi detonada por ela: “nem Inteligência Artificial seria capaz de produzir uma declaração tão desastrosa”.