Por Redação
A Electronic Arts anunciou nesta segunda-feira, 29, a venda para um consórcio liderado pelo PIF (Fundo de Investimento Público, da Arábia Saudita por US$ 55 bilhões de dólares (cerca de R$ 293 bilhões). A operação já é considerada um dos maiores negócios já feitos no setor de games.
A americana EA é conhecida pela criação e desenvolvimento de um dos principais jogos do mundo: o EA Sports FC (antigo Fifa).
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Andrew Wilson, presidente e diretor-executivo da EA, afirmou em comunicado que a aquisição ajuda a “abrir novas oportunidades a nível global”; a empresa registrou receitas de US$ 7,5 bilhões de dólares (R$ 40 bilhões) em seu último exercício fiscal.
Este acordo será financiado com cerca de US$ 36 bilhões (R$ 192 bilhões) em capital dos membros do consórcio, e a concretização da operação de compra, que ainda precisa da aprovação dos acionistas da EA e das autoridades reguladoras, está previsto para o início de 2026. Após essa conclusão, a EA deixará de ser negociada na Bolsa de Valores Nasdaq, mas manterá sua sede em Redwood City, Califórnia.
Para especialistas, esse movimento da Electronic Arts também tem a ver com o crescimento do futebol no país, e quanto esse mercado ainda tem a crescer até a disputa da Copa do Mundo, em 2034.
“Este novo investimento da Arábia Saudita em negócios do Sportainment, agora nos esportes eletrônicos, mostra que eles têm olhado cada vez mais para este mercado como algo promissor e rentável. No futebol, por toda a visibilidade e o alcance que carrega, já foi uma demonstração clara para o mundo todo, com a chegada de estrelas midiáticas e globais, casos de Cristiano Ronaldo, Karim Benzema e outros nomes. O cenário atual é que os investimentos têm aumentado no esporte e estão começando a furar a bolha do futebol”, afirma Moises Assayag, Sócio-Diretor da Channel Associados e especialista em finanças no esporte.
“Essa movimentação mostra como os jogos eletrônicos se tornaram um ativo estratégico global, não apenas de entretenimento. A entrada definitiva da Arábia Saudita nesse mercado evidencia a tentativa de reposicionar sua imagem no cenário internacional, diversificando sua economia e conectando-se a públicos jovens em escala mundial”, complementa Wagner Leitzke, diretor de digital da Agência End to End.
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