Morreu nesta quinta-feira, 15, o ex-atacante Ivair, grande ídolo da Portuguesa, aos 79 anos, em São Paulo. Um dos grandes nomes da história do futebol brasileiro na década de 1960, ele lutava contra um câncer.
A Lusa lamentou a morte do ídolo em suas redes sociais. O corpo de Ivair será velado ainda nesta quinta, a partir das 12h (de Brasília), na Avenida Pacaembu, 1254. O enterro acontece às 17h, no Cemitério da Lapa, na capital paulista.
Quem foi Ivair?
Ivair Ferreira, nascido em Bauru (SP), em 27 de janeiro de 1945, foi um dos grandes nomes do futebol paulista. Ainda aos 18 anos, em 1963, foi apelidado de “O Príncipe” pelo Rei Pelé, após marcar dois gols em uma vitória da Portuguesa sobre o Santos.
Além da Lusa, Ivair jogou pelo Corinthians, Fluminense, América-RJ, Paysandu, América do México, Toronto Metros-Croatia, Toronto Blizard e Georgia Generals. Também chegou a defender a seleção brasileira, mas sem disputar grandes torneios.
Conquistou dois títulos cariocas (1971 e 1973) com o Fluminense e foi vice-campeão paulista pela Lusa em 1964.
Após a aposentadoria, chegou a treinar a categoria de base da Portuguesa. Durante sua experiência no comando dos “garotos” da Lusa, trabalhou com Dener, uma das grandes revelações da história do clube.
Ivair nos arquivos da PLACAR
A maior parte da carreira de Ivair ocorreu antes da criação da revista, em 1970. No entanto, em 1983, PLACAR registrou a expectativa por um possível retorno de Ivair, então com 37 anos, à Lusa, à convite do técnico Candinho. O texto ressaltava que o jogador seguia em forma e esbanjava experiência, ainda que a volta não tenha se concretizado. Confira um trecho da reportagem:
De fato, isso é o que não lhe falta. Logo no início da carreira, seu futebol alegre lhe deu o apelido de Príncipe — Rei era Pelé. Até ser contratado pelo Corinthians, em 1969, muitos clubes — Milan, Santos, Palmeiras, Flamengo, Botafogo — bateram à porta da Portuguesa para levar seu passe. Passou depois pelo Fluminense e jogou dez anos na América do Norte — lá Ivair era The Prince. Só voltou para o Brasil porque a mulher Sônia Maria (são casados há 12 anos e têm um filho, Dênis, de 8) não aguentava mais de saudades daqui.
Seu contrato com o Fall Rivers, de Boston (EUA), vai até outubro do ano que vem. A rescisão dá para se resolver sem muitos problemas”, acredita Ivair. Preparo físico? Ele nunca se descuidou.







