Dorival Júnior trocou de trabalho e agora é o novo técnico da seleção brasileira. A confirmação veio neste domingo, 7, com uma nota oficial do São Paulo informando seu desligamento. Aos 61 anos, o treinador que já comandou mais de 20 equipes pelo país tem uma missão que não é novidade em sua carreira: ser bombeiro e acabar com o caos que consome o ambiente da CBF – ao menos dentro de campo.

À parte os episódios polêmicos de bastidores que cercam a política da CBF, a seleção brasileira não vai bem dentro de campo. Logo após o retorno de Ednaldo Rodrigues ao cargo máximo da entidade e a demissão de Fernando Diniz por telefone, o nome de Dorival já entrou no radar.

Nas Eliminatórias Sul-Americanas, o Brasil é apenas 6º colocado, com sete pontos, atrás de Argentina, Uruguai, Colômbia, Venezuela e Equador. São oito pontos de distância da líder albiceleste. Outro desafio é a Copa América, que acontecerá em junho, nos Estados Unidos.

Em entrevista exclusiva à PLACAR, na edição de junho de 2023, Dorival Júnior comentou sobre a troca de trabalhos ao longo de sua carreira, quase sempre como bombeiro e salvador da pátria: “Eu nunca falei um ‘não’ para outro clube, a não ser em momentos que tive necessidade porque não poderia de maneira nenhuma atendê-los. Nunca falei não”.

Ao todo, foram 21 equipes comandadas e, em sete oportunidades, o treinador aceitou treinar equipes que lutavam contra o rebaixamento na elite do futebol nacional.

Ainda durante o bate-papo, concluiu: “isso não é saudável para ninguém”. Por isso, após a demissão no Athletico-PR, em 2020, ficou um ano e meio sem trabalhar, até retornar à beira do campo como técnico do Ceará.

“Eu sempre fiz ao contrário. Durante 12 anos na minha carreira eu saí de um clube em um dia e no outro já estava empregado. Por isso comecei a espaçar mais esses trabalhos. São momentos importantes que você busca um reequilíbrio para que aí, sim, possa chegar atuando em um clube independente do momento, da situação e das necessidades que tenham”.