Texto publicado na edição impressa 1526, já disponível em versão digital e física (clique aqui e garanta a sua)
Có hy vong. Assim se escreve ter esperança em vietnamita. Mas, se o assunto é futebol, o nome da esperança é Rafaelson Bezera Fernandes, brasileiro de Pirapemas, cidade de 18 000 habitantes, a 190 quilômetros de São Luís. Um cidadão do mundo, que fez base no Vitória, foi para o Bahia, depois para Vegalta Sandai, no Japão, em seguida o Naestved BK da Dinamarca, até chegar ao Nam Dinh, do Vietnã, onde sua carreira atingiu o auge.
Nguyen Xuan Son é seu novo nome. Foi escolhido pelo presidente do Nan Dinh quando Rafaelson se naturalizou vietnamita. “Ele me trata como um filho. Tenho o sobrenome da família dele”, diz Rafaelson, de 28 anos, a grande esperança do Vietnam para crescer no futebol.
Todos esperam pela sua volta ao futebol, depois de fraturar a tíbia na final da Copa do Sudeste da Ásia, em 3 de janeiro, contra a Tailândia. Saiu aos 34 minutos, mas os dois gols que fez no primeiro temo garantiram o título para o Vietnã. Agora, a seleção se prepara para enfrentar o Nepal dia 13 de outubro pelas Eliminatórias da Copa da Ásia, que se realizará em 2027. “Estou me sentindo muito bem, na fase de recuperação muscular, logo vou treinar com bola e voltarei 100%”.

Rafaelson, ídolo brasileiro do futebol vietnamita – DIVULGAÇÃO NAMDING
Os números de Rafaelson são impressionantes. Antes de se contundir, ele havia feito sete gols pelo Nan Dinh no campeonato do Vietnã. E anotado sete gols. Mesmo fora por bom tempo, foi o artilheiro do time na competição. E o prêmio veio logo: teve seu contrato renovado até 2031. “Me sinto em casa no Vietnam, meus dois filhos nasceram aqui e quero ajudar muito o meu time e a seleção”.






