Ronaldo Fenômeno voltou a falar nesta sexta-feira, 21, sobre a recente desistência da candidatura à presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Em entrevista ao canal de YouTube Charla Podcast, o ex-atacante da seleção brasileira e do Real Madrid afirmou que “o sistema não deixa ninguém entrar” e que é “impossível” haver mudança com o atual cenário político da entidade.

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“Primeiro temos que voltar um pouco atrás para explicar a minha decisão de me candidatar. A minha vida foi dentro do futebol, faço tudo pelo futebol, sou apaixonado pelo futebol e me sentia no dever de tentar melhorar o futebol brasileiro. Ajudar com o que tinha a oferecer. Minha família, meu filho, meus amigos, minha esposa ninguém queria que eu entrasse nessa p….. Mas falei: ‘eu tenho que tentar, eu tenho que tentar. Vi alguns jornalistas, que pareciam encomendas de poderosos, falando que eu estava me pré-candidatando como uma jogada de marketing. P…, jogada de marketing?”, iniciou dizendo.

“Aí, enfim, convenci minha família, todo mundo que iria, arrumei minha turma. Falei: vamos tentar, sei que é difícil pra caramba. Só não imaginava que era impossível. O sistema não deixa ninguém entrar, tanto que historicamente a CBF nunca teve uma eleição com dois candidatos. Quem está no poder se reelege ou elege o seu sucessor”, completou.

“Quando senti que o negócio estava apertando, decidi mandar um e-mail para as federações para expor as minhas ideias. Todas me responderam com uma carta padrão, dizendo que não poderiam me responder por que estavam alinhados com a ‘excelente’ gestão do Ednaldo Rodrigues. Esse processo eleitoral frágil determina que a CBF pare de mandar recursos para as federações a meses das eleições”, afirmou em outro momento.

O atual presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, inscreveu na última quarta-feira, 19, sua chapa para concorrer a reeleição que acontece na próxima segunda-feira, 24. Com o apoio da maioria dos clubes e das federações estaduais, o dirigente deve confirmar sua continuidade no cargo por aclamação até março de 2026.