O técnico argentino Lionel Scaloni evitou direcionar novas críticas à Conmebol depois de Marcelo Bielsa, treinador do Uruguai, dizer que ele foi censurado pela entidade ao questionar a qualidade dos gramados da Copa América após a estreia da albiceleste na competição, no último dia 20 de junho, em Atlanta.

Em entrevista coletiva concedida neste sábado, 13, na véspera da final contra a Colômbia, Scaloni explicou ter evitado subir novamente o tom contra a organização não “soar como desculpa”, em caso de eliminação no torneio, mas que “concorda totalmente” com as falhas apontadas por Bielsa.

“Já deixei claro porque fomos os primeiros a jogar e ainda penso nisso. Na segunda entrevista coletiva eu disse que já havia falado tudo porque não tinha o que mais acrescentar. Os campos estavam sendo preparados desde dezembro, então no início da Copa América achei bom deixar esse assunto de lado porque não seria favorável para o meu time. Achamos que era melhor não falar sobre isso porque poderia soar como uma desculpa. Mas, é óbvio, concordo totalmente em relação [as críticas de Bielsa] aos campos”, disse.

Em seguida, demonstrou preocupação com possíveis novos episódios de violência na decisão da competição: “Também gostaria de falar algo sobre os incidentes após a partida entre Uruguai e Colômbia, principalmente para que isso não aconteça novamente amanhã. Tivemos uma situação semelhante no Maracanã, onde tivemos as famílias [dos jogadores envolvidas] nos tumultos, e é um tanto desesperador. Temos que olhar para isso, especialmente porque pedimos aos jogadores que sejam um exemplo, mas acho que nenhum deles agiria de outra forma”, afirmou.

“A imagem no final da Colômbia e Uruguai foi muito triste e esperamos que não se repita amanhã. As imagens do outro dia parecem ser de há 50 anos e isso me preocupa com o que pode acontecer amanhã. Espero que esta mensagem seja bem recebida”, completou

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