Luis Suárez escreveu no último domingo, 31, uma página triste em sua carreira. Derrotado na final da Leagues Cup pelo Seattle Sounders, o experiente atacante uruguaio do Inter Miami foi flagrado cuspindo em um membro da comissão técnica do time adversário. Ele se desculpou publicamente pelo ocorrido, admitindo que os erros que comete pelos ataques de fúria também refletem diretamente em sua família, mas não escapou de um gancho de seis partidas de suspensão.

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“Primeiro, quero felicitar o Seattle Sounders pela vitória. Mas, acima de tudo, peço desculpa pelo meu comportamento. Foi um momento de tensão e frustração, mas isso não justifica a minha reação. Cometi um erro e peço as minhas sinceras desculpas. Não é a imagem que quero passar à minha família, que sofre com os meus erros, e ao meu clube, que também não merece ser afetado por algo assim”, disse o jogador.

Além de Suárez, o defensor argentino Tomás Aviles também foi punido com três jogos de suspensão. Pelo Seattle Sounders, o único que sofreu um gancho foi o americano Steven Lenhart, que faz parte da comissão técnica, com cinco jogos.

A briga ocorreu logo após o apito final, quando os jogadores do Sounders começaram a comemorar o triunfo. O uruguaio correu em direção do meio-campista mexicano Obed Vargas, o segurando pelo pescoço, desencadeando uma briga generalizada envolvendo outros atletas.

O volante Sergio Busquets agrediu Vargas com um soco no queixo. Após serem separados, Suárez ainda foi flagrado cuspindo em um membro da comissão técnica do rival.

Suárez e os ataques de fúria

Em entrevista exclusiva à PLACAR em março de 2023, Suárez contou ter vivido uma espécie de calvário pessoal em 24 de junho de 2014, após o apito final na Arena das Dunas, em Natal. Apesar da vitória por 1 a 0 diante da Itália, que classificou o Uruguai às oitavas de final da Copa do Mundo realizada no Brasil, ele acabou marcado por uma mordida desferida no ombro esquerdo do zagueiro Giorgio Chiellini.

“O monstro deve ser banido”, pedia o jornal inglês The Telegraph, e “Animal Suárez”, estampava a capa do tabloide The Sun. Dois dias depois, acabaria punido por  por nove jogos da seleção e o afastado por quatro meses de qualquer atividade relacionada ao futebol.